sábado, 27 de novembro de 2010

Viver


Tudo depende
De como se aprende
A viver a vida

Sempre pensamos em como nos virar
Em como nos darmos bem
E esquecemos de viver
A cada minuto que nos convém

Quem vai nos ajudar somos nós mesmos
Mas temos alicerces
Temos mãos amigas
Infinidades de ajudas e barreiras

Somos filhos e pais
Aprendemos e ensinamos
Sabemos tudo sobre todos
E nada sobre nós mesmos

Vejamos então a vida
De uma forma objetiva
Vamos correr riscos
Mas não podemos mudar de caminho
Simplesmente por causa de vícios

Ajude a si mesmo
Pense em si mesmo
Mas não esqueça dos que ajudam
Dos que atrapalham

Viver intensamente
Faz muito bem pra gente
Não peque, não erre
E se ocorrer, será mais uma etapa
Do saber viver.

sábado, 20 de novembro de 2010

Sabor e Dissabor


É difícil saber
Sentir
Sem poder ver

Mas eu imagino
Num sonho tímido
Dois rostos colando
O calor e o frio

O sabor e o dissabor
Do beijo e do abraço
Do laço dos corpos
Inversão de um colapso

Só tomo cuidado
De não me acomodar
E deixar só no sonho

Pois sonhos se acabam
E se existisse o contrário
Apenas digo
Não quero parar de sonhar.

sábado, 13 de novembro de 2010

Garota de Praia

Simpatia de te ver
Garota de praia
Meu jeito malandro
Você deve me achar um babaca

Porém, apaixonado
Pelos olhos e pela graça
Desconserto uma frase.
Espantoso enlace!

Respostas certeiras
Argumentos medíocres
Quanto tempo mais eu preciso
Para ela ficar comigo?

E de repente um baque
Um beijo
Virei destaque...

O tempo passou
E lá estava ela
Linda ainda

A luz do abajur em seu rosto
O som da voz doce em minha mente
O toque de seus lábios ainda nos meus
O aroma do perfume no ar

Azar
Meio inconsciente
Ainda lembro do acidente

Hoje a vejo em papel
Na sala de estar.
Adeus.
Agora vou jantar.

sábado, 6 de novembro de 2010

Pob(d)re Vida

De tanto julgar
Não se comprometerá
A uma vida injusta?

De tanto negar
Não se comprometerá
A uma vida de sufoco?

De tanto bater
Não se comprometerá
A uma vida de sofrimento?

Se fazes por merecer
Se lutas para ter
E és capaz de fazer
Qual dúvida pode haver?

A frase é confusa
Como a vida se torna injusta
Se não há comprometimento
Com a vida que o julga

E apenas sofre de angústia
Quando nega os desafios
Então parte à força bruta
Com o ato “matar” por um fio

É mais fácil dar as costas
Como para um mendigo na rua
Jogar fora a palavra “vontade”
Como se olha nos olhos do mendigo
E joga fora o resto da fruta

Fruta que cai no chão
Na rua da amargura
Rua que dá para a avenida
Avenida que cai na estrada da vida

A mesma vida que foge
Que se esconde
Que julga, nega e bate

Nem preciso dizer
Covarde!
Trata os outros
com desigualdade

E esquece que no fim
Todos vão para o mesmo lugar
Entre terra, pedra e cinzas
Ossos podres e sem vida.